sexta-feira, 9 de abril de 2010
Guerra do Peloponeso
Enquanto Atenas controlava a Confederação Délia (ou Liga de Delos), sua rival, a cidade de Esparta, comandava a Liga do Peloponeso, mantendo sob sua hegemonia várias cidades da península e da Grécia Central. Entre elas, Tebas, Corinto e Mégara.
Atenas tendia a dominar cada vez mais o comércio no mar Egeu, uma vez que a superioridade naval lhe assegurava a difusão dos artigos de seu artesanato e a afluência de mercadorias de todas as partes. A expansão para o Ocidente, no entanto, estava bloqueada pelas estreitas relações que as cidades da Sicília e da Magna Grécia mantinham com suas metrópoles, membros da Liga do Peloponeso e, portanto, aliadas de Esparta.
Assim, no momento em que se tornaram evidentes as intenções dos atenienses de penetrar no mar Jônio, essas metrópoles deram início ao conjunto de conflitos denominado Guerra do Peloponeso.
Levada por sua expansão comercial, Atenas passou a incomodar Corinto, cuja economia dependia exclusivamente do comércio. Corcira (atual Corfu), colônia de Corinto, pretendia celebrar uma aliança com Atenas, o que permitiria à Liga de Delos, graças à posição estratégica de Corcira, assumir o controle do comércio com o Ocidente.
Quase na mesma época, Atenas interferiu também nos assuntos de outra colônia de Corinto: Potidéia. Corinto advertiu Atenas para que parasse. Péricles, percebendo que a guerra era iminente, respondeu com a imposição de um embargo total ao comércio com Mégara. Na verdade, Péricles agiu assim por considerar Mégara, localizada no estratégico istmo de Corinto, uma séria ameaça ao império ateniense. Pressionada por Corinto, Esparta, então, declarou guerra a Atenas.
Péricles tinha duas vantagens: a esquadra e o tesouro da Liga de Delos, mas seu exército era inferior ao de Esparta. Em vista disso, deixou o inimigo invadir a Ática, calculando que a cidade de Atenas poderia resistir por trás de suas fortificações e que Esparta acabaria por esgotar as próprias forças. Enquanto isso, a esquadra abastecia Atenas e infligia danos onde fosse possível.
O plano, contudo, tornou-se impopular, principalmente por duas razões. Primeiro, Atenas ficou em segurança, mas toda a região circunvizinha era anualmente devastada pelos invasores espartanos, que destruíam as plantações, principalmente as oliveiras, uma das principais fontes de renda de várias famílias atenienses.
Em segundo lugar, toda a população rural foi transferida para Atenas, o que provocou uma superlotação para a qual a cidade não estava preparada. Em pouco tempo as conseqüências surgiram: uma grave epidemia, possivelmente tifo, atingiu a cidade.
Destituído pelos atenienses - e logo depois reempossado -, Péricles acabou sendo uma das vítimas fatais da epidemia. A partir daí, duas facções passaram a lutar pelo poder: a de Nícias, que defendia o fim da guerra, e a de Cléon, que desejava a continuação da luta.
Nos dez anos (431-421 a.C.) de duração do conflito - chamado de Primeira Fase da Guerra do Peloponeso ou Guerra Arquidâmia (por causa de Arquidâmio, o rei de Esparta) -, a disputa permaneceu indecisa, ora pendendo para um lado, ora para outro. Se os espartanos foram derrotados em Pilos (425 a.C.) e 420 hoplitas (soldados de infantaria) espartanos foram mortos ou capturados em Esfactéria, Atenas perdeu duas das grandes batalhas: a de Délios, na Beócia, e a de Anfípolis, na Trácia. Cléon, aliás, foi morto nessa batalha, o mesmo ocorrendo com o principal general espartano, Brásidas, de incomparáveis bravura e sabedoria, narradas por Tucídides em seu Guerra do Peloponeso.
Nícias - um estadista honesto, porém medíocre - sucedeu Cléon e decidiu assinar o tratado de paz com Esparta. Segundo o Tratado de Nícias, como o documento é chamado, Esparta e Atenas libertariam seus prisioneiros e também recuperariam as cidades perdidas, estabelecendo um período de trégua com a duração de 50 anos. Essa trégua, contudo, não seria respeitada.
Enquanto Atenas era derrotada em Siracusa, Alcibíades arquitetou uma contra-ofensiva espartana na Grécia. Em 413 a.C., o exército da Lacedemônia (outro nome para Esparta) invadiu a Ática e ocupou a Decélia (vinte quilômetros ao norte de Atenas), de onde bloqueou a vida econômica ateniense, impedindo o acesso às lavouras e às minas de prata do Láurion.
Ao mesmo tempo, na área diplomática, Esparta se aproximava da Pérsia, assinando um acordo no qual obtinha subsídios financeiros para construir sua própria frota de guerra. Em troca, os lacedemônios reconheciam o direito dos persas às cidades gregas da Ásia Menor. Mas, apesar da frota espartana, Atenas foi vitoriosa em duas batalhas navais: Cinossema e Cízicos
Persas e espartanos se rearticularam, entretanto. Em 407 a.C., o rei Dario 2º, da Pérsia, nomeou seu filho, Ciro, governador da Ásia Menor, entregando-lhe, além dos rendimentos da província, uma soma destinada especialmente à recomposição da esquadra lacedemônia.
A resistência ateniense, contudo, foi quebrada em 405 a.C. A esquadra ateniense, à espera no porto de Egospótamo, na Trácia, foi apanhada de surpresa e destruída pelos espartanos, enquanto a maioria dos atenienses estava em terra, aparentemente fazendo uma refeição. A força naval de Atenas foi arruinada.
Com a totalidade das posições marítimas sob poder lacedemônio, Esparta concentrou suas guarnições no Egeu, fechando todas as rotas de abastecimento que pudessem revitalizar Atenas. Sitiada pelas tropas, com a população passando fome, Atenas se rendeu em abril de 404 a.C.
Os lacedemônios exigiram a entrega de todas as colônias e dos navios, bem como a derrubada das fortificações do porto de Pireu e também das muralhas que protegiam Atenas. Esparta exigiu, inclusive, a reintegração de todos os cidadãos banidos por motivos políticos (a maioria deles, aristocratas). A capitulação se completou com a submissão dos atenienses à política externa e às determinações dos vitoriosos. Atenas tornava-se um aliado-súdito de Esparta.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Guerras Médicas
Os gregos ocuparam o litoral da Ásia Menor que também era pretendida pelos persas.O Império Persa tentou conquistar as Ilhas do Egeu, como trampolim para conquistar toda a Grécia.
O Rei “Dario I da Pérsia” ameaçava a península com o seu expansionismo pelo Ocidente, iniciando assim as Guerras Medicas.
O primeiro ataque persa foi frustrado pelo general ateniense Milcíades. Os persas foram vencidos em Maratona pelos atenienses.
Inconformados com o fracasso, os persas agora sob o comando de Xerxes, organizaram novas tropas para combater os gregos. Xerxes, filho e sucessor de Dario, Iniciaram o ataque pelo sul, desembarcado suas tropas no Peloponeso. Suas embarcações tentariam bloquear o Golfo de Salamina e acobertados pelas tropas vindas do sul, onde os marinheiros persas tomariam Atenas.
Leônidas junto com os seus 300 espartanos resistiram bravamente até a morte. O Rei de Esparta Leônidas, entrou na guerra lutando nas “Termopilas”, enquanto o ateniense Temístocles comandava as forças navais das cidades aliadas.
Com a morte de Leônidas os gregos formaram uma grande Exército comandado por Generais Espartanos. Os gregos derrotaram o imenso Exército de Xerxes nas Termopilas.No mar, as pesadas embarcações de Xerxes não podiam acompanhar as rápidas manobras das trirremes gregas, e não contavam mais com as forças terrestres que foram bloqueadas nas Termopilas.
De defensores de sua terra, os gregos passaram ao ataque. O General Espartano, Pausânias, vingou a morte de Leônidas na Batalha da Platéia.
A Marinha Grega perseguiu e venceu a Frota Pérsica em 479 a.C. em “Mícale”. Tempo depois, Cimom de Atenas e seu Exército entraram em solo persa e enfrentaram o Exército Persa agora sob o comando de “Artaxerxes”, filho de Xerxes. Os persas foram novamente vencidos em Emimedonte em 448 a.C..
O Príncipe Artaxerxes se rendeu, renunciando as Ilhas do Mar Egeu. Pelo “Tratado de Susa”, os persas reconheceram o domínio grego sobre o Mar Egeu e abandonaram o litoral deixando o comércio da região para os gregos.
Nas Guerras Médicas o futuro da Civilização Ocidental esteve em jogo. Se os Persas tivessem vencido os gregos com certeza existiria um era pior que a Idade Média, considerado por muitos como Idade das Trevas.
Para combater os persas em futuras invasões, os atenienses convidaram as cidades gregas a formar uma confederação permanente, a Liga de Delos, com sede em Delos. Ficou acertado ainda que cada uma dessas cidades deveria contribuir com navios, soldados e dinheiro.
Com a liderança da Confederação, Atenas se tornou a cidade mais importante da Grécia. A Cidade de Atenas aos poucos se beneficiou da liga. O auge dessa fase corresponde aos anos entre 461 e 431 a.C., tempo em que Atenas foi governada por Péricles.
Os espartanos revoltados com isso juntaram-se a outras cidades e formaram uma liga de oposição que combateria os atenienses. A rivalidade entre Atenas e Esparta gerou uma guerra entre gregos, a “Guerra do Peloponeso“.
domingo, 4 de abril de 2010
Textos
Em meados do século VI a.C., os tiranos que governavam Atenas afirmavam que a solução para vários problemas atenienses era a expansão do território. Diante desta informação podemos formular a seguinte pergunta: Quais eram os problemas que afetavam essa sociedade e que motivaram seu expansionismo? A resposta seria a necessidade de se realizar uma reforma agrária, ampliar o controle de regiões produtoras de cereais e obter mais escravos.
Com o estabelecimento de colônias foi possível atender às reivindicações camponesas de distribuição de terras, evitando-se uma guerra civil, além de abrigar o excedente populacional da cidade.
A colonização também permitiu a ampliação da área de cultivo, resultando no aumento da produtividade de alimentos, que era necessária ao abastecimento da superpopulação.
Além disso, Atenas absorvia cada vez mais mão-de-obra escrava, já que ela era utilizada em setores importantes da economia, como a agricultura, a pecuária e a mineração. Com a intensificação dessas atividades econômicas, a demanda de escravos aumentou, ou seja, a cidade tinha que guerrear com algum povo e escravizá-lo.
A partir dos motivos acima apresentados, podemos ressaltar que eles contribuíram não só para a expansão territorial ateniense, mas também para o seu desenvolvimento econômico, militar e sua consolidação cultural no mundo grego.
Maria Rachel.
As guerras médicas, entre gregos e persas, foram motivadas pelos seguintes fatores:
a) choque de interesses entre o imperialismo grego e o imperialismo persa, ambos visando aos mercados consumidores do Oriente Próximo. Os persas, senhores das costas asiáticas do Mar Egeu, e das comunicações marítimas, ameaçavam o comércio, a prosperidade das cidades da Grécia balcânica e, principalmente, o aprovisionamento de trigo do Mar Negro;
b) revolta das cidades gregas da Ásia Menor contra o domínio persa, encabeçada pela cidade de Mileto, governada por Aristágoras, auxiliada por Atenas e por Erétria, que enviaram dois mil homens. Os aliados entraram na Ásia e incendiaram Sardes. Os persas reagiram. Teve início a luta.
-A primeira Guerra Médica (490 a.C.) O poderoso exército persa, organizado por Dario I, depois de submeter os jônios e arrasar Mileto (494) dirigiu-se para a Grécia (490). Numa frota composta de 60 navios, atacou Naxos, incendiou Erétria e desembarcou na Planície de Maratona, próxima de Atenas. Filpíades correu até Esparta para pedir auxílio, mas não chegou a tempo. Milcíades, grande general ateniense, conseguiu derrotar os invasores salvando a Grécia.
-A segunda Guerra Médica (480 a 479 a.C.). Xerxes, filho e sucessor de Dario I, depois de sufocar as revoltas internas com um poderoso exército, atacou a Grécia na primavera de 480 a.C., depois de atravessar o Helesponto numa ponte de barcos. Esparta assumiu o comando supremo das forças gregas, e, para impedir a penetração na Grécia central, colocou um exército no desfiladeiro das Termópilas, sob o comando de Leônidas que, traído por Efialto, morreu com os seus trezentos espartanos. Atenas foi incendiada. Seus habitantes refugiaram-se na Ilha de Salamina onde o general Temístocles impôs espetacular derrota aos persas. Nas batalhas de Platéia e Micala saíram vitoriosos Pausânias e Xantipo, respectivamente.
-A Confederação de Delos (478 a.C.) Por iniciativa de Aristides, o Justo, foi formada um liga de cidades gregas sob a proteção de Atenas, denominada "Confederação de Delos", com sede em Delos. Seu objetivo era combater os persas. As cidades que dela faziam parte deveriam contribuir, anualmente, com dinheiro, homens e barcos.
-A Terceira Guerra Médica (468 a.C.). Os persas foram derrotados pelo ateniense Címon, filho de Milcíades, na Ásia Menor. Por um tratado concluído em Susa, os persas reconheceram o domínio grego sobre o Mar Egeu.
As conseqüências das Guerras Médicas foram:
a) hegemonia de Atenas sobre as demais cidades gregas;
b) revigoramento da democracia;
c) decadência do Império Persa;
d) formação da Confederação de Delos;
e) rivalidade entre Atenas e Esparta.
Souza, Osvaldo R. "História Geral" Editora Ática 1977
Guerra do Peloponeso
O lugar de liderança ocupado pelos atenienses no processo de expulsão dos persas da Grécia veio estabelecer as condições necessárias para que ocorresse a formação da Liga de Delos. Em sua justificativa inicial, tal liga seria criada com o objetivo de evitar novas investidas militares persas, através da criação de um fundo monetário que contava com a contribuição de cada uma das cidades-Estado. Com o passar do tempo, Atenas utilizaria desses recursos para impor seus interesses sobre outras cidades gregas.
Observando a postura hegemônica ateniense, Esparta e outras cidades gregas decidiram formar outra confederação militar, conhecida como a Liga do Peloponeso. Essa divisão criou um contexto de tensões que logo viria a desembocar na realização de um conflito maior. A gota d’água se deu quando a colônia da Córcira, integrante da Liga de Delos, resolveu se voltar contra a cidade de Corinto, membro da Liga do Peloponeso.
Em sua primeira etapa, a guerra estendeu-se durante dez anos e foi marcada por visível equilíbrio entre as forças lideradas por Atenas e Esparta. No ano de 421 a.C., a assinatura da Paz de Nícias estipulava uma trégua de cinquenta anos entre os dois lados do conflito. Contudo, o acordo só foi cumprido em seus oito primeiros anos, quando o líder ateniense, Alcebíades, encorajou a realização de novas investidas militares que tomariam Siracusa, região controlada pela Liga do Peloponeso.
Nesse retorno, os atenienses foram humilhados com uma terrível derrota, a qual resultou na prisão escravização de 20 mil soldados atenienses. Nos anos seguintes, os espartanos venceram a grande parte dos conflitos que deram continuidade à Guerra do Peloponeso. Em 404 a.C., na região de Egos-Pótamos, o general espartano, Lisandro, impôs a derrota definitiva dos atenienses. A partir de então, a hegemonia dos espartanos viria a imperar sobre grande parte das cidades-Estado gregas.
Nos anos seguintes, as disputas entre as principais cidades-Estado impuseram a consolidação de um grande desgaste em todo o mundo grego. Naturalmente, o envolvimento em tantas batalhas acabou promovendo a ruina econômica de várias cidades outrora consideradas poderosas. Aproveitando dessa situação, o rei macedônico, Filipe II, promoveu a organização de um grande exército que conquistou os territórios gregos ao longo do século IV a.C..
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Os Jogos Olímpicos e a Atualidade:
Os jogos olímpicos iniciaram-se há mais de três mil anos, na Grécia Antiga. Eram realizados a cada quatro anos com o objetivo de homenagear os deuses gregos. Então, se o Brasil não é um país predominantemente politeísta e a maioria da população não adora os deuses gregos, porque participamos dessas competições?
Acontece que, com a ocupação da Grécia por Roma, todas as atividades pagãs foram proibidas, fazendo com que a prática dos jogos gregos fosse abandonada. Somente 1500 anos depois eles voltariam a ser praticados, graças a Pierre de Coubertin, um barão francês que instituiu os jogos como um agente pacificador dos povos.
Assim, atualmente os jogos perderam o caráter religioso, mas assumiram um importante papel no processo de pacificação mundial. Isto ocorre por causa do princípio básico olímpico, definido pelo Comitê Olímpico Internacional. Este ideal olímpico basea-se no fato de que os jogos não podem tolerar nenhum tipo de discriminação, seja ela racial, social, política ou religiosa.
Maria Rachel.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
terça-feira, 23 de março de 2010
Os Jogos Olímpicos
Tradicionalmente costuma-se afirmar que os primeiros Jogos foram realizados na Grécia Antiga no ano 776 a.C., como uma importante celebração e tributo aos deuses. Tendo sido proibidos pelo imperador cristão Teodósio I em 393 da era atual, por serem uma manifestação do paganismo.
Porém, em 1896, um aristocrata francês, barão de Coubertin, recuperou os Jogos tentando reavivar o espírito das primeiras Olimpíadas, que passaram a ser realizadas de quatro em quatro anos desde então (como a tradição grega), tendo sido interrompidos apenas durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
Inicialmente, os Jogos eram disputados apenas por atletas amadores. Entretanto, no fim do século XX, a competição foi aberta a atletas profissionais.
A origem dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga é frequentemente associada à celebração do esporte e do culto à beleza estética humana, como se estes fossem seus objetivos principais. Fala-se pouco, porém, na intenção mística e fúnebre de saudar os mortos de cada cidade. No canto XXIII da Ilíada, Homero relata detalhadamente as competições fúnebres que precederam a cremação de Pátroclo, escudeiro de Aquiles.
Num período de quatro em quatro anos, cada polis ou cidade-estado da Grécia dedicava um dia do ano (a primeira lua cheia do verão do hemisfério norte) para reverenciar os falecidos nesse quadriênio, e reuniam num campo os pertences dos mortos e abandonavam momentaneamente a cidade, para deixar que os espíritos passeassem entre suas lembranças de vida terrena. Isso após as sacerdotisas acenderem uma chama que os rapazes levavam até o templo do deus-patrono da cidade. Em Corinto, um dos principais portos gregos, situado no istmo que liga a península do Peloponeso ao continente, esses jogos eram chamados de Jogos Ístmicos. Em Delfos, onde havia o famoso oráculo de Apolo, eram Jogos Píticos. Em Argos eram Jogos Nemeus. Este conjunto de jogos, juntamente com os Jogos Olímpicos que se realizavam em Olímpia, perto de Elis, ficaram conhecidos como jogos pan-helénicos
Na cidade de Olímpia havia um templo de dimensões magníficas, dedicado a Zeus. Como todo deus da Antiguidade Clássica possuía variações, de acordo com o mito, a cultura e as particularidades que cada cidade-estado lhe atribuía, este Zeus era o chamado Zeus Olímpico, e junto a seu templo se realizavam os jogos esportivos idênticos aos das outras cidades. Porém era em Olímpia que os jogos atingiam sua plenitude, em organização e número de participantes, e onde se desenvolveram como competições regulares e de extrema importância para todos os helênicos – e eram chamados Jogos Olímpicos.
O registro mais antigo dos Jogos Olímpicos que chegou aos nossos dias data de 776 a.C.. Trata-se de uma inscrição num disco de pedra, encontrada nas ruínas do templo de Hera em Olímpia, que refere o acordo de tréguas e manutenção de paz durante a realização dos Jogos Olímpicos, selado entre os reis Ifitos de Ilía, Licurgo de Esparta e Clístenes de Pisa. Com o tempo, outros reinos se foram juntando a este acordo, e a partir daí os Jogos Olímpicos tornaram-se competições de paz, primeiro entre os homens, depois nações entrarem em guerra.