domingo, 4 de abril de 2010

Textos

Atenas... Para quê expandir?

Em meados do século VI a.C., os tiranos que governavam Atenas afirmavam que a solução para vários problemas atenienses era a expansão do território. Diante desta informação podemos formular a seguinte pergunta: Quais eram os problemas que afetavam essa sociedade e que motivaram seu expansionismo? A resposta seria a necessidade de se realizar uma reforma agrária, ampliar o controle de regiões produtoras de cereais e obter mais escravos.
Com o estabelecimento de colônias foi possível atender às reivindicações camponesas de distribuição de terras, evitando-se uma guerra civil, além de abrigar o excedente populacional da cidade.
A colonização também permitiu a ampliação da área de cultivo, resultando no aumento da produtividade de alimentos, que era necessária ao abastecimento da superpopulação.
Além disso, Atenas absorvia cada vez mais mão-de-obra escrava, já que ela era utilizada em setores importantes da economia, como a agricultura, a pecuária e a mineração. Com a intensificação dessas atividades econômicas, a demanda de escravos aumentou, ou seja, a cidade tinha que guerrear com algum povo e escravizá-lo.
A partir dos motivos acima apresentados, podemos ressaltar que eles contribuíram não só para a expansão territorial ateniense, mas também para o seu desenvolvimento econômico, militar e sua consolidação cultural no mundo grego.

Maria Rachel.

As guerras médicas, entre gregos e persas, foram motivadas pelos seguintes fatores:

a) choque de interesses entre o imperialismo grego e o imperialismo persa, ambos visando aos mercados consumidores do Oriente Próximo. Os persas, senhores das costas asiáticas do Mar Egeu, e das comunicações marítimas, ameaçavam o comércio, a prosperidade das cidades da Grécia balcânica e, principalmente, o aprovisionamento de trigo do Mar Negro;
b) revolta das cidades gregas da Ásia Menor contra o domínio persa, encabeçada pela cidade de Mileto, governada por Aristágoras, auxiliada por Atenas e por Erétria, que enviaram dois mil homens. Os aliados entraram na Ásia e incendiaram Sardes. Os persas reagiram. Teve início a luta.

-A primeira Guerra Médica (490 a.C.) O poderoso exército persa, organizado por Dario I, depois de submeter os jônios e arrasar Mileto (494) dirigiu-se para a Grécia (490). Numa frota composta de 60 navios, atacou Naxos, incendiou Erétria e desembarcou na Planície de Maratona, próxima de Atenas. Filpíades correu até Esparta para pedir auxílio, mas não chegou a tempo. Milcíades, grande general ateniense, conseguiu derrotar os invasores salvando a Grécia.

-A segunda Guerra Médica (480 a 479 a.C.). Xerxes, filho e sucessor de Dario I, depois de sufocar as revoltas internas com um poderoso exército, atacou a Grécia na primavera de 480 a.C., depois de atravessar o Helesponto numa ponte de barcos. Esparta assumiu o comando supremo das forças gregas, e, para impedir a penetração na Grécia central, colocou um exército no desfiladeiro das Termópilas, sob o comando de Leônidas que, traído por Efialto, morreu com os seus trezentos espartanos. Atenas foi incendiada. Seus habitantes refugiaram-se na Ilha de Salamina onde o general Temístocles impôs espetacular derrota aos persas. Nas batalhas de Platéia e Micala saíram vitoriosos Pausânias e Xantipo, respectivamente.

-A Confederação de Delos (478 a.C.) Por iniciativa de Aristides, o Justo, foi formada um liga de cidades gregas sob a proteção de Atenas, denominada "Confederação de Delos", com sede em Delos. Seu objetivo era combater os persas. As cidades que dela faziam parte deveriam contribuir, anualmente, com dinheiro, homens e barcos.

-A Terceira Guerra Médica (468 a.C.). Os persas foram derrotados pelo ateniense Címon, filho de Milcíades, na Ásia Menor. Por um tratado concluído em Susa, os persas reconheceram o domínio grego sobre o Mar Egeu.

As conseqüências das Guerras Médicas foram:
a) hegemonia de Atenas sobre as demais cidades gregas;
b) revigoramento da democracia;
c) decadência do Império Persa;
d) formação da Confederação de Delos;
e) rivalidade entre Atenas e Esparta.

Souza, Osvaldo R. "História Geral" Editora Ática 1977

Guerra do Peloponeso

O lugar de liderança ocupado pelos atenienses no processo de expulsão dos persas da Grécia veio estabelecer as condições necessárias para que ocorresse a formação da Liga de Delos. Em sua justificativa inicial, tal liga seria criada com o objetivo de evitar novas investidas militares persas, através da criação de um fundo monetário que contava com a contribuição de cada uma das cidades-Estado. Com o passar do tempo, Atenas utilizaria desses recursos para impor seus interesses sobre outras cidades gregas.

Observando a postura hegemônica ateniense, Esparta e outras cidades gregas decidiram formar outra confederação militar, conhecida como a Liga do Peloponeso. Essa divisão criou um contexto de tensões que logo viria a desembocar na realização de um conflito maior. A gota d’água se deu quando a colônia da Córcira, integrante da Liga de Delos, resolveu se voltar contra a cidade de Corinto, membro da Liga do Peloponeso.

Em sua primeira etapa, a guerra estendeu-se durante dez anos e foi marcada por visível equilíbrio entre as forças lideradas por Atenas e Esparta. No ano de 421 a.C., a assinatura da Paz de Nícias estipulava uma trégua de cinquenta anos entre os dois lados do conflito. Contudo, o acordo só foi cumprido em seus oito primeiros anos, quando o líder ateniense, Alcebíades, encorajou a realização de novas investidas militares que tomariam Siracusa, região controlada pela Liga do Peloponeso.

Nesse retorno, os atenienses foram humilhados com uma terrível derrota, a qual resultou na prisão escravização de 20 mil soldados atenienses. Nos anos seguintes, os espartanos venceram a grande parte dos conflitos que deram continuidade à Guerra do Peloponeso. Em 404 a.C., na região de Egos-Pótamos, o general espartano, Lisandro, impôs a derrota definitiva dos atenienses. A partir de então, a hegemonia dos espartanos viria a imperar sobre grande parte das cidades-Estado gregas.

Nos anos seguintes, as disputas entre as principais cidades-Estado impuseram a consolidação de um grande desgaste em todo o mundo grego. Naturalmente, o envolvimento em tantas batalhas acabou promovendo a ruina econômica de várias cidades outrora consideradas poderosas. Aproveitando dessa situação, o rei macedônico, Filipe II, promoveu a organização de um grande exército que conquistou os territórios gregos ao longo do século IV a.C..


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

Os Jogos Olímpicos e a Atualidade:

Os jogos olímpicos iniciaram-se há mais de três mil anos, na Grécia Antiga. Eram realizados a cada quatro anos com o objetivo de homenagear os deuses gregos. Então, se o Brasil não é um país predominantemente politeísta e a maioria da população não adora os deuses gregos, porque participamos dessas competições?
Acontece que, com a ocupação da Grécia por Roma, todas as atividades pagãs foram proibidas, fazendo com que a prática dos jogos gregos fosse abandonada. Somente 1500 anos depois eles voltariam a ser praticados, graças a Pierre de Coubertin, um barão francês que instituiu os jogos como um agente pacificador dos povos.
Assim, atualmente os jogos perderam o caráter religioso, mas assumiram um importante papel no processo de pacificação mundial. Isto ocorre por causa do princípio básico olímpico, definido pelo Comitê Olímpico Internacional. Este ideal olímpico basea-se no fato de que os jogos não podem tolerar nenhum tipo de discriminação, seja ela racial, social, política ou religiosa.

Maria Rachel.

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